Os sequestros que tem a tendência a aumentar no país, segundo Salimo Abdula são uma das grandes preocupações do empresariado nacional. Este fenómeno prejudica o sector empresarial e cria instabilidade social no país.
Segundo o empresário em entrevista a Revista de Negócios no Chiveve, os sequestros é uma das grandes preocupações do empresariado nacional. O país neste momento precisa de mais investimentos, e se não haver essa tranquilidade pode-se viver uma grande crise onde a camada juvenil será a mais afectada não pode conseguir investir ou ter emprego. Porque não sua óptica além de haver mais investimentos o que acontece é que esta haver menos investimos.
“Temos visto que a onda de sequestros tem atingindo uma camada empresarial. Nós olhamos que a onda de sequestros andam a uns anos, primeiro estava numa faixa específica do mercado, onde ouvíamos que era um grupo de mercado e acerto de contas de negócios estranhos e complicados. Mas começamos a ver agora um processo de democratização do próprio sequestro, já começam a sequestrar pessoas singulares com menos exposição empresarial. Isto começa a criar uma preocupação mais generalizada porque vai afectar a atracão de investimentos para Moçambique porque vai tornar-se um país perigoso. Se comparado com muitos países latinos americanos, que são países altamente inseguros e Moçambique era um país seguro apesar das questões de terrorismo que temos no norte, começa a se intensificar cada vez mais esta questão de raptos e país aparece novamente com a negativa na mídia nacional e internacional” disse a fonte.
A Revista Negócios, o entrevistado afirmou que o sector empresarial nacional é composto em todas áreas por um empresariado emergente. Apesar deste empresariado estar em um processo de construção, segundo o empresário os grandes desafios actuais são a Paz, a estruturação para o acesso ao financiamento e acesso a tecnologia de forma a trazer soluções sustentáveis ao país.
“Vejo e acompanho que uma grande parte dos jovens que já começa a ter uma formação tem dificuldades em ter acesso ao financiamento que possa ser sustentável ao seu projecto, e as suas garantias para serem apresentadas a banca. Penso que aqui o conceito de uma estrutura financeira ou de um banco de desenvolvimento ainda é incipiente, isto dificulta que a maior parte do empresariado jovem possa dar o seu passo. Para as empresas mais solidas no mercado tem grandes oportunidades”, confirma o empresário.
Salimo diz ainda que o sector da Logística ainda é também um grande desafio para o sector empresarial no seu todo. Este afirma ser “muito cara” a logística no país, e não é fácil transportar um produto produzido em Maputo para a comercialização em Nampula.
“A logística de Moçambique ainda é muito cara, se quiser produzir uma coisa em Maputo e manda para Nampula, vice-versa ainda é caro. Penso que o desafio da logística é um do nosso estrangulamento que temos, e outros são os desafios que os empresários vivem no seu dia-a-dia. A paz é digamos é a base prioritária para todos nós, não só para os empresários. Sem paz dificilmente nós podemos progredir, este é um outro grande desafio que temos. Espero que essa luta que o governo esta a fazer para consolidar a paz aconteça para o benefício de todos. Só não se beneficiam aqueles que estão contra a paz que é uma coisa estranha”, exortou
De realçar que, recentemente, o Empresário Salimo Abdula recebeu um prémio internacional denominado “Euroknwowledge 2020”. Este prémio já foi atribuído a grandes empresários como Bill Gates. Segundo o galardoado, este prémio é um prestígio não só para si, mas também para a sua família e para o empresariado nacional. Salimo Abdula diz que esta premiação mostra que não é só de coisas negativas como é vendida a imagem do país, e serviu para mostrar que Moçambique também tem valor.
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