A recém-constituída Coligação da Juventude dos Países Africanos-CJP, conta já com órgãos eleitos para a gestão da mesma. Neste novo passado, um cidadão de nacionalidade moçambicana foi eleito para o cargo máximo deste agremiado juvenil dos PALOPS.
Trata-se de David Fardo, actual Presidente do Parlamento Juvenil de Moçambique que foi eleito nos órgãos da Coligação da Juventude dos Países Africanos para um cargo determinante para o desenvolvimento deste movimento. O Jovem e activista, David Fardo foi eleito para o cargo de Coordenador-Geral da CJP para um mandato de dois anos.
A 4Vês Repórter, David Fardo avançou que o maior desafio da coligação é defender os direitos da camada juvenil, trazer soluções sustentáveis e pragmáticas para a juventude dos PALOPS. A fonte diz ainda que ao coligar as organizações juvenis e jovens singulares para uma luta em prol dos direitos desta camada é mais um desafio ultrapassado.
“Deve-se encontrar soluções que possam albergar todas classes juvenis dos países membros, e que aliado a estas soluções em um futuro breve possa-se cumprir com as várias agendas. Mas no fundo pretendemos ter uma juventude estável. Este é um desafio, garantir a estabilidade da juventude dos PALOPS”, disse Fardo.

Segundo o Coordenar-Geral, de vários projectos que serão levados a cabo por esta agremiação destaca-se a potencialização da língua portuguesa a nível do continente africano. David Fardo afirma que este é um grande desafio dos jovens dos PALOPs que tenha participado em alguns eventos internacionais a nível do continente, vivenciou estes desafios.
“A nível do continente africano este é o maior desafio que qualquer jovem dos PALOPs que já participou em algum evento internacional a nível do continente em algum momento vivenciou e sentiu quais são os desafios aliados a questões linguísticas. A muito muitas barreiras linguísticas que são enfrentadas no cotidiano. E que nós como coligação pretendemos sanar porque a língua Portuguesa é uma língua oficial da União Africana, e a nível do continente mas que não é respeitada condignamente. Há uma tentativa de desprezo desta língua”, denuncia a fonte.
David Fardo afirma que o facto de Moçambique ter sido eleito para Coordenar a Coligação no primeiro mandato, é uma oportunidade para que os jovens moçambicanos tem de se juntar a outros jovens de outros países em prol de situações que vivencia-se no país dos PALOPs.
“Se os moçambicanos enfrentam problemas de ligados ao Sistema Nacional de Educação, em algum momento podemos encontrar situações de outro país que está a um percentual um pouco elevado nesta mesma questão. Então, conjuntamente podemos buscar soluções e práticas, os problemas que nós enfrentamos são os mesmos que são enfrentados em quase todos os países membros, a única diferença é a localização. É mais uma oportunidade que temos para debater questões que nós conhecemos, e em termos de ganhos sociais e políticos”, explicou o eleito.
De acordo com o mesmo, o maior ganho que o país teria está aliado a inserção desta camada juvenil, e outra componente está ligada a defensores de direitos humanos. Fardo defende que estes devem ter uma comunicação linear com os outros países a nível dos PALOPs. A fonte diz que o mais importante ate ao momento é a inserção dos jovens moçambicanos, tendo em conta o nível de participação de jovens nacionais em várias oportunidades direccionados aos países lusófonos.
O líder vai mais longe ao afirmar que, há um número reduzido de nacionais que tem participado ou tem sidos aprovados para tais oportunidades, e com a coligação e partilha de oportunidades espera-se que mais jovens nacionais possam aumentar o índice que é actualmente considerado baixo. David Fardo convida a todas agremiações juvenis e pessoas singulares que queiram juntar-se a coligação para se juntar apesar de ser uma plataforma que está na sua fase embrionária que precisa de apoio em termos de ideias, programático e financeiro.
Ainda para os órgãos desta agremiação foram eleitos, Seco Nhaga, um jovem activista da Guiné-Bissau para o cargo de Presidente da Assembleia Geral e Lunércio Martins, também activista de São Tomé e Príncipe como Presidente do conselho fiscal. De realçar que, o elenco recém-eleito terá dois anos de mandato, e os mandatos da CPJ são rotativos pelos países membros.

Importa ainda realçar que, a eleição destes acontece alguns meses após a criação da Coligação, onde urge a necessidade de estruturar para melhor actuação e coordenação. Os mesmos foram eleitos depois de ter sido realizada a submissão das candidaturas de jovens membros e fundadores da CJP para a coordenação da mesma.
A Coligação da Juventude dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa – CJP, foi fundada a 22 de Abril de 2020 como recomendação dos Jovens dos PALOP no âmbito do encontro com a enviada especial da juventude da União Africana, Aya Chebbi. A Coligação é uma plataforma de movimentos juvenis e pessoas singulares, sem fins lucrativos e conexões político-partidária dos PALOP, em prol do empoderamento e da participação política e social da Juventude no desenvolvimento de África, com principal foco nos países membros.

O principal objectivo desta plataforma juvenil alia-se a promoção, manutenção dos laços de fraternidade, cooperação, solidariedade e o diálogo entre os jovens dos PALOP, bem como, os direitos humanos e afirmação da Juventude no processo de desenvolvimento sustentável dos PALOP.
A organização tem as tarefas de promover espaços de diálogo, de índole científico-cultural e de intercâmbio permanente entre a juventude dos PALOP. A mesma deverá incentivar o desenvolvimento do associativismo e voluntariado juvenil nos PALOP. Assim como, advogar em defesa dos interesses da juventude dos PALOP, e servir-se de interlocutor perante entidades de natureza supranacionais, dentre outros de capital importância.
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