Munícipes da cidade de Chimoio na província central de Manica clamam pela situação de imundície que toma conta sobre aquele que é o maior mercado grossista da urbe, Francisco Manyanga, vulgo 38 mm e apelam a quem é de direito com vista a inverter o cenário.
Contactados pela reportagem do 4ves reporter, os citadinos afirmaram que o estágio em que se encontra aquele mercado pode propiciar para a eclosão de doenças de origem hídrica, numa altura em que a cidade tem se debatido com chuvas intermitentes que prevalecem desde Dezembro último.
Salientaram que aquele centro comercial, em virtude de estar vocacionado para a venda de produtos diversos, incluindo alimentares deve merecer especial atenção por parte das autoridades para estancar a imundície e consequentemente aliviar os utentes ao atentado à saúde de que estão sujeitos.
O cenário é deveras preocupante pois pode reverter o objectivo da edilidade que tem como meta de resgatar a urbe ao estatuto de cidade mais limpa do país, façanha alcançada na década de noventa, e perdida anos depois da municipalização, afirmam os nossos interlocutores.
“Para mim a questão de lixo neste mercado tem a ver com a falta de homens em quantidade suficiente para fazerem limpeza neste mercado; como o senhor sabe, este mercado é muito grande, tem muitos vendedores, tem muitas barracas e o município manda seus homens de limpeza quando entende e nós todos os dias estamos a ser cobrado taxas, estamos sempre a pagar e para nós dói, a limpeza é feita às vezes em quanto”, lamentou Lucílio Carlos, comerciante no mercado 38 mm a 22 anos.
Júlio Muconde, munícipe que interpelamos momentos depois de efectuar as suas compras, também deplorou as péssimas condições em que o mercado se encontra.
“É triste isto, para uma cidade que pretende se que volte a ser cidade mais limpa do país, com moscas, baratas, mosquitos, em fim, tudo que é insecto, charcos de água turva originando um cheiro nauseabundo e isso é grave. Eu até não pôde trazer cá a minha viatura por temer que podia enterrar” , lamentou Muconde ao qual questionámos se o facto da situação de saúde do edil João Ferreira, em isolamento domiciliar na sequência de ter testado positivo para a Covid-19, o nosso interlocutor foi peremptório ao frisar não é pela morte de uma andorinha que se acaba com a primavera.
“Ferreira não tem varinha mágica, ele tem seus homens, tem vereadores, em fim, tem uma equipe montada…para que servem os vereadores do saneamento do meio por exemplo” endagou.
Entretanto, contactado telefonicamente pela reportagem da 4vêsreporter, o edil de Chimoio, João Carlos Gomes Ferreira, que está a cumprir a segunda semana de isolamento reconheceu quão difícil é dirigir a urbe a distância.
João Ferreira explicou ainda que antes de testar positivo para a Covid-19, efectuava vistas regulares aos mercados visando averiguar sobre as condições de higiene e limpeza naqueles locais de concentração.
O autarca fez saber ainda que terminado o período de quarentena que cumpre poderá efectuar uma ronda aos mercados da urbe com vista a estar a par da situação de higiene e limpeza.
Segundo o chefe da edilidade de Chimoio, para o mercado municipal 38 mm diariamente são escalados trinta agentes de limpeza em três turnos visando assegurar a componente de higiene e limpeza num centro comercial que alberga mais de dois mil vendedores entre formais e informais.
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