Os Estados Unidos da América revelaram está semana a disponibilidade para ajuda Moçambique a combater o terrorismo na zona norte de país. O posicionamento foi manifestado esta segunda-feira em Washington pelo porta-voz do Departamento do Estados Unidos.
“Continuamos determinados a cooperar com o governo de Moçambique no contra terrorismo e no combate ao extremismo violento e a derrotar o ISIS”, afirmou John Kirby, numa declaração condenando ao mais recente ataque ocorrido no distrito de Palma, em Cabo Delgado.
De acordo com Kirby os ataques “demonstram uma total falta de respeito pelo bem-estar e segurança da população local, que sofre terrivelmente com as táticas brutais e indiscriminadas dos terroristas”.
Já em Moçambique, a Embaixada dos Estados Unidos da América condenou veementemente os ataques terroristas em Palma. “Expressamos a nossa solidariedade para com a comunidade de Palma e as Forças Armadas de Moçambique que trabalham para o restabelecimento da paz e da segurança. A Embaixada está profundamente preocupada com os contínuos ataques dos terroristas contra os residentes de Cabo Delgado, que sofreram tremendamente das tácticas brutais e indiscriminadas dos terroristas”, disse a Embaixada.
A fonte avançou ainda que, o Governo dos Estados Unidos continua a acompanhar a situação e mantem-se empenhado em trabalhar com o Governo de Moçambique para combater o extremismo violento e garantir a segurança e prosperidade para todos os seus cidadãos e residentes.
Importa realçar que, o ultimo ataque registado está semana em Palma, segundo Porta-voz do Ministério da Defesa Nacional, Omar Saranga, provocou morte de dezenas de cidadãos indefesos. A 4Vês Repórter soube ainda que, cerca de 35 pacientes deram entrada no Hospital Provincial de Pemba, com ferimentos relacionadas ao ataque terrorista de Palma.
Em Maputo, falado em conferência de imprensa na noite de domingo (28), Omar Saranga, avançou ainda que a intenção dos terroristas era de amedrontar os cidadãos e atrasar o desenvolvimento do país;
A fonte revelou que dos 19 mortos, sete são cidadãos que morreram à saída do Hotel Amarula, e que os mesmos precipitaram-se na tentativa de fuga. No entanto, lamenta a sua morte. As FDS reforçaram a sua estratégia operacional no terreno com vista repor a tranquilidade, assegurou a fonte.
“Até o momento, o trabalho das FDS permitiu a evacuação de centenas de cidadãos e evitou que centenas de infraestruturas e bens fossem vandalizados. O Ministério apela as populações a se manterem calmas, e a denunciarem os movimentos dos terroristas às FDS”, disse a fonte.
De outro lado, segundo informações veiculadas no mesmo domingo pela televisão pública sul-africana, SABC, consta que pelo menos 12 cidadãos de nacionalidade sul-africana fizeram parte dos terroristas que atacaram Palma. E esta situação já preocupa especialistas do sector de segurança daquele país vizinho.
Em entrevista a SABC, Willem Els, Coordenador de Formação no Instituto dos Estudos de Segurança revelou que a insurgência em Moçambique representa uma ameaça para a Africa do Sul, politicamente e economicamente.
“Isso dá uma indicação de que eles estão muito activos em seu recrutamento aqui na África do Sul. Eles têm suas estruturas aqui e a partir delas apoiam o que está a acontecer em Cabo Delgado. Infelizmente, isto terá efeitos políticos e económicos, tendo em conta que muitos sul-africanos trabalham lá, em Cabo Delgado”, disse Willem Els.
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