A Associação Kulungwana, em parceria com o Ministério da Cultura e Turismo – MICULTUR, lançaram ontem, dia 31 de Março, em Maputo, o projecto CANTATE, financiado pela União Europeia.
O projecto de carácter formativo tem como objectivo contribuir para o florescimento dum movimento sociocultural que pode ser alternativa à intolerância, ao radicalismo, à violência através da orientação e ocupação construtiva de crianças, adolescentes e jovens.
O projecto CANTATE, a ser implementado nas províncias de Nampula, Cabo Delgado e Niassa, vai preencher as crianças, os adolescentes e os jovens de competências na área cultural. Igualmente, vai estimular atitudes, comportamentos positivos para a vida e para cidadania, através da sua participação em actividades de formação técnica e profissional na área cultural.
A Directora Executiva da Kulungwana, Henny Matos disse a nossa reportagem que o projecto Cantate é um sonho que começa a realizar-se, um sinal de crescimento da Associação Kulungwana e uma prova de confiança dos parceiros na capacidade de realizar actividades que contribuem para um futuro melhor para os jovens do país.
“A implementação do projecto Cantate traz também novos desafios e responsabilidades kulungwana assinala este ano 15 anos desde a sua criação em 2006, quando um grupo de pessoas de diversas áreas artísticas e profissionais encabeçados pelo saudoso artista mestre Malangatana se juntou com o objectivo de contribuir através de diversas realizações e projectos de indole cultural para o desenvolvimento de Moçambique”, estacou a fonte
A mesma frisou que O projecto Cantate cujo título vem do latim significa cantar e foi escolhido pelo facto de em Moçambique do Rovuma ao Maputo o canto estar presente em todos os eventos importantes da vida: casamento, enterro, festa, eventos etc.
O objectivo do projecto é de “Contribuir para o florescimento dum movimento sociocultural que pode ser uma alternativa para a intolerância, o radicalismo e a violência através da orientação e ocupação construtiva de crianças, adolescentes e jovens, nas províncias de Nampula, Cabo Delgado e Niassa. O projecto Cantate visa a transformação de jovens de ambos os sexos, dando-lhes conhecimentos, habilidades e ferramentas na área das artes, para se apropriarem do seu próprio processo de crescimento e serem participantes activos no desenvolvimento do país”, disse Matos
Por seu turno, Vice-ministro da Cultura e Turismo, Fredson Bacar disse que com esta iniciativa o Ministério da Cultura e Turismo e a Associação Kulungwana pretendem disponibilizar aos jovens ferramentas constituídas por oportunidades de formação, renda e emprego, bem como habilidades de realização de réplicas com efeito multiplicador na vida social e económica da juventude e do país no geral.
“A nossa crença diz que graças à parceria deste projecto, a presença cultural e criativa da juventude moçambicana vai-se multiplicar de forma exponencialmente, em termos quantitativos e qualitativos. E a previsão é termos contribuído para a massificação do movimento educativo de crianças, jovens, artistas e produtores de eventos das áreas artísticas-culturais”, explicou a fonte
O vice-Ministro destacou ainda que Partindo desta iniciativa o Ministério da Cultura e Turismo mostra estar de portas abertas para parcerias inteligentes e interativas que contribuam para a implementação das políticas artistas e culturais vigentes, para o quinquénio 2020-2024.
“Acreditamos que este passo constitui a possibilidade de acesso aos moçambicanos e internacionais que desejam consumir cultura nacional e nativa, Tenho certeza que “Cantate”, aqui, em moçambique fará toda a diferença para as próximas gerações, onde o conhecimento indígena será um factor de orgulho e de pertença de algo digno de partilhar, facto este que apelo aos pais e encarregados de educação para que poiem o projecto sem reservas e com tranquilidade, pois que todos serão muito bem recebidos e formados, com certeza de uma um futuro orgulhoso e radiante do “team” dos criadores da arte e cultura, Marca Moçambique”, terminou Bacar.
De realçar que a iniciativa contribuirá para um crescimento humano harmonioso, bem como para a criação de oportunidades ao mercado de emprego na área cultural. Com este procedimento, o projecto vai melhorar as condições de vida dos jovens e das suas famílias, tendo em conta a inserção na sua comunidade e na sociedade moçambicana em geral.
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