O Partido da Resistência Nacional de Moçambique (Renamo) contestou esta semana a eleição fraudulenta do Presidente da Mesa da Assembleia-Geral no Município de Marromeu. Na eleição em questão foi a favor da minoria da Frelimo. Falando em conferência de imprensa, André Joaquim Magibire, Secretário- geral condenou a forma como o processo teria sido conduzido
“Queremos lamentar os recentes acontecimentos na eleição do Presidente da Assembleia Municipal de Marromeu, em que não se obedeceu os procedimentos exigidos por lei para uma eleição. Pois, no acto de apuramento não se exibia o Boletim de Voto aos presentes, resultando numa eleição fraudulenta a favor da minoria da Frelimo”, lamento Magibire.
Na mesma conferência, Magibire apresentou a preocupação do seu partido sobre a insegurança no país devido aos ataques armados em Cabo Delgado, e os raptos de empresários no território nacional.
“Convocamos esta conferência de imprensa movidos por uma legítima preocupação de vermos o nosso cidadão protegido de todo o tipo de atentado à sua segurança e vida. Numa altura em que o povo está a recompor-se do choque causado pelos hediondos ataques ocorridos no distrito de Palma, na província de Cabo Delgado, o nosso país foi mais uma vez surpreendido pela retoma dos raptos nas nossas cidades” disse o político.
De realçar que a reação da Renamo, aparece dias depois de, na noite do passado domingo, dia 11 do corrente mês, um crime ocorreu por volta das 18 horas na avenida Romão Fernandes Farinha, no centro da cidade Maputo, onde um empresário, que estava com a sua mulher, foi raptado pouco tempo depois de estacionar o seu veículo nas proximidades da residência por um grupo armado que vinha os seguindo.
Entretanto, poucas horas depois, os raptores viriam a causar outra vítima e desta vez, uma mulher de nacionalidade portuguesa de 49 anos de idade, esposa de um empresário e residente em Nampula, raptada por indivíduos igualmente armados.
“E acto contínuo, pouco tempo depois, na cidade de Quelimane, na província da Zambézia mais um rapto foi protagonizado por quatro homens armados e mascarados contra o filho dum empresário local, como narram as testemunhas presentes no local, o acontecimento foi violento, pois, os malfeitores ainda tiveram tempo de arrancar alguns telemóveis de clientes presentes naquele local”, afirmou o Secretário-geral da Renamo.
E de acordo com o político, depois disto tudo, “a polícia vem ao público para nos brindar com o discurso habitual, que sempre nos habituaram: “neste momento estão a decorrer operações para localização dos raptores”. A fonte vai mais longe ao afirmar que, desde que o país começou a ser fustigado por esta onda de raptos, não se lembra de casos esclarecidos pela polícia da República de Moçambique.
André Magibire lembra ainda que a cronologia dos raptos em Moçambique dura desde junho de 2011, onde a vítima foi um dos donos dos Armazéns Atlântico, que escapou do cativeiro antes de ser pago o resgate, de cerca de um milhão de dólares. E o segundo aconteceu a 1 de Dezembro, onde foi raptado um dos proprietários da ferragem Somofer, quando fazia exercício físico no Circuito de Manutenção António Repinga, em Maputo. Ainda no mesmo ano, o terceiro rapto aconteceu a 5 de dezembro, tendo vitimado uma mulher, que pagou como resgate de cerca de 800 mil euros.
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