Depois de cumprir dois anos de prisão, Helena Taipo foi hoje (11) liberta, deixando a cadeia Central em um dia de agitação na cidade de Maputo devido a manifestação dos estudantes universitários e a submissão de uma petição a Assembleia da República para a revogação das regalias dos funcionários e agentes parlamentares.
A antiga ministra do Trabalho e Segurança Social, Helena Taipo, deixou esta terça-feira o Estabelecimento Preventivo da Cidade de Maputo, a antiga Cadeia Civil, localizada na Sommerschield depois de cumprir dois anos de prisão preventiva. A mesma foi solta por ordens judiciais sob sob termo de identidade e residência.
A Ex-Ministra do Trabalho Taipo esteve detida desde Abril de 2019, no quadro de um processo de corrupção instruído pelo Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC). A mesma é acusada de se ter apoderado de pouco mais de 100 milhões de Meticais, em conluio com construtores civis servindo o INSS (Instituto Nacional de Segurança Social).
Agitação na Capital
Enquanto a “Rainha dos Turbantes” deixava o local onde encontrava-se forçosamente hospedada, a capital registava uma agitação. Em causa estavam os protestos contra as Regalias aos funcionários e agentes parlamentares.
A manifestação que veio a ser inviabilizada pelo forte contingente policial teve como ponto de início e encontro a Praça da Independência. Esta marcha passiva foi organizada por um grupo de estudantes universitários que não concorda com tais subsídios e regalias exageradas.
Ainda nesta manifestação pacífica, um forte contingente policial e altamente armado inviabilizou a mesma. Importa realçar que, a Polícia mais uma vez entrou em conflito com a lei, tendo detido ilegalmente um estudante de nome Valdo Nhamoneque.
O jovem detido foi conduzido a sétima esquadra da Cidade de Maputo, onde teria sido seguido por seus companheiros que aguardavam de fora a sua libertação. Sabe-se ainda que Valdo Nhamoneque teria sido levado por uma viatura policial da Sétima Esquadra.
Os companheiros do mesmo conta que foi submetido a momentos de tortura, o mesmo contínuo de baixa das cadeiras de uma viatura da Polícia da marca “Mahinda” por mais de duas horas. Nas redes socias decorrem campanhas de repúdio da detenção e exige-se a liberdade do mesmo.
De outro lado, o Fórum de Monitoria Orçamental (FMO), foi primeiro barrada na Assembleia da República onde pretendia submeter uma petição da Sociedade civil contra as mesmas regalias. Chegado a Assembleia da República, a FMO encontrou um outro contingente policial que proibia ao acesso desta sociedade civil a casa do povo.
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