A Polícia da 7ª Esquadra do bairro T3, no Município da Matola deteve e torturo dois membros da mesma família num caso de desaparecimento de maquinas de jogos de sorte. Mãe e filho foram detidos por terem sido roubados duas máquinas de Jogo popularmente conhecidas por “Xindonde” pertencente a um grupo de chineses, que estavam sobre sua gestão. O caso criou uma agitação no Bairro de Ndlavela, e a população queixa-se de uma polícia “extremamente corrupta”.
As duas vítimas são residentes do bairro de Ndlavela. Entretanto, havia sido confiada a esta família a tarefa de gerir duas máquinas de jogos de sorte. As mesmas foram roubadas no último final de semana no estabelecimento comercial pertencente a família.
Os proprietários das máquinas, identificados por Chineses, teriam submetido uma queixa a esquadra de T3 onde nesta terça-feira teria sido detido a proprietária do estabelecimento e seu filho. A família teria permanecido na esquadra na noite do dia da detenção e teria sido liberta na tarde desta quarta-feira.
PRM diz que reteve a família para investigação de máquinas de jogos ilegais
Importa destacar que, os bens roubados tratam-se de máquinas de jogo de sorte que em vários pontos da cidade de Maputo teriam sidas recolhidas pelas autoridades por serem ilegais. Entretanto, os proprietários das mesmas teriam recorrido aos bairros, onde foram espalhando as máquinas de jogo, continuando assim com o negócio apadrinhados por alguns agentes da Polícia.
O 4Vês Repórter tentou buscar informações sobre as motivações da detenção da família que também era vítima do roubo. A nossa equipe ouviu algumas autoridades locais que reclamavam por não intender o caso que levou a família a detenção, tendo em conta que a mesma também teria sido vítima de um roubo.
O 4Vês Repórter deslocou a esquadra, entretanto a PRM a nível de T3 recusou-se a prestar qualquer informação a nossa equipe, tendo remetendo-nos a Porta-Voz da Polícia a Nível da Província de Maputo para o esclarecimento do caso.
No fim da tarde desta quarta-feira, contactada a Porta-voz da PRM, Carmínia Leite avançou-nos que segundo o Comandante da mesma esquadra, a família teria sido solta. De acordou a Porta-voz, o comandante teria dito que a família, em algum momento esteve detida, mas sim, retida para questões de investigação do caso.
Por outro lado, a 4Vês Repórter teve conhecimento de que a família esteve detida desta terça-feira e veria a ser solta esta quarta-feira. O que o Comandante da Esquadra teria chamado de “retenção para investigação” teve outros contornos, soube a nossa equipe que uma das vítimas, o “filho” teria sido brutalmente espancado pelas autoridades polícias na tal investigação.
As nossas fontes contam que, o jovem teria sido espancado na tentativa da polícia saber do paradeiro das máquinas ilegais. Diga-se ainda que, a polícia desconfiava da família gestora das máquinas de ter as vendido, e que não era verdade a versão de que teriam sido roubadas. Sabe ainda a 4Vês Repórter que, os denunciantes (Chineses) deveriam ter-se feito presente na esquadra na manha desta quarta-feira, e este não apareceram para continuar com o caso.
Ndlavela reclama da actuação da polícia e a considera “extremamente corrupta”
A 4Vês Repórter ouviu alguns moradores do bairro Ndlavela sobre a actuação da polícia. Estes queixam-se da má actuação e consideram a policia de T3 extremamente Corrupta. Avançaram os nossos entrevistados que a esquadra de T3 acomoda agentes corruptos não preocupados com o comprimento da Lei.
Os moradores de Ndlavela falam de uma polícia que anda atrás de agentes económicos no lugar de combater o crime. Os agentes da 7ª Esquadra do bairro T3 são acusados pela população de não fazem cumprir o decreto presidencial no âmbito da contenção e propagação da pandemia da covid-19. Os estabelecimentos comercias de vendada de bebidas alcoólicas nunca tiveram as suas portas fechadas, funcionando na normalidade bastante os proprietários pagarem aos agentes.
No círculo de Ndlavela é um dos locais de referência onde é possível verificar-se os desmandos segundo as nossas fontes. Neste local, afirmam os entrevistados que as barracas nunca fecham, e há sempre um aglomerado de gente pernoitando sem respeitar as medidas estabelecidas.
A mesma polícia é acusada de extorquir comerciantes estrangeiros. “Não saem daqui, estes estão sempre nos contentores dos nigerianos a cobrarem dinheiro. Aqui em Ndlavela quem quiser vender bebida já sabe que quando eles aparecerem deve-se pagar, e fica-se a vender à-vontade. Não há recolher obrigatório, a polícia só passa para levar dinheiro”, disse uma fonte.
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