O Partido Renamo decidiu não avançar mais como o processo de Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração (DDR) do seu braço armado alegando incumprimento de acordo de Paz por parte do governo de Filipe Nyusi. Este anúncio é feito semanas depois que, Filipe Nyusi, Presidente da Republica do processo de DDR afirmou a retoma do processo depois de uma paralisação por falta de fundos financeiros.
O partido fez o anúncio do boicote de DDR na província de Tete, como forma de manifestar insatisfação com a não inserção dos seus homens nas Forças de Defesa e Segurança (FDS). De acordo com Maria Inês, membro da Comissão Politica da Renamo, a reclamação dos guerrilheiros da Renamo é geral. Entretanto, a Renamo pensa que além de se avançar com os problemas que estão sendo registados no processo, o melhor é parar com o mesmo.
“A nível das zonas, sobre os problemas do DDR questiona-se os porquês de não haver um paralelismo na actividade do Desarmamento e Desmobilização com a actividade de Reintegração dos nossos homens. São 300 homens que já deveriam ter sido integrados em várias actividades do Estado e isso não esta a acontecer. Isso começa a criar uma interrogação. Aqui na base estamos a lhe dar com militares, estamos a lidar com pessoas que as soluções de vários problemas é com armas na mão, então eles querem saber o que esta a acontecer”, disse Maria Inês.
De realçar que na sexta-feira (18), a Renamo manifestou preocupação com o alegado incumprimento do acordo de paz de Maputo pelo Governo de Moçambique. A preocupação foi manifestada pelo Secretário-geral do partido, André Magibire, que falava em Dondo, província de Sofala, aos membros do seu partido.
Segundo este, em causa estava a integração de alguns ex-guerrilheiros da RENAMO nas Forças de Defesa e Segurança (FDS), dos quais 36 serviriam para a segurança da RENAMO e outros 362, deveriam ser alocados nos diversos sectores da PRM.
Importa destacar que de acordo com Magibire, as listas dos seus homens foram submetidas no princípio deste ano, mas ate aqui o Governo de Filipe Nyusi sempre respondeu que “o trabalho está em curso”.
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