A ministra Sul-africana da Defesa, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, manifestou a sua oposição a entrada de 1000 soldados de nacionalidade ruandeses antes da entrada da Força da SADC. A governante falava recentemente em entrevista a cadeia de televisão sul-africana, SABC, citada pelo jornal O País. Em resposta, Jaime Neto, Ministro da Defesa no país afirma que o país é livre de solicitar ou aceitar ajuda de qualquer país.
“A questão do envio de Tropas do Ruanda é um assunto bilateral entre Ruanda e Moçambique”, que considera que “é lamentável que este envio aconteça antes do posicionamento das tropas da SADC, porque quaisquer que sejam as relações bilaterais entre o Ruanda e Moçambique, seria de esperar que o Ruanda fosse para Moçambique no contexto de um mandato que fosse conferido pelos chefes de estado da região da SADC”, disse a Ministra Sul-Africana.
Mapisa-Nqakula disse ainda que é “uma situação sobre a qual não temos controlo. Significa que Moçambique acordou com os ruandeses que as forças militares de Ruanda possam entrar no país, entretanto não é assim que como os nossos chefes de Estado decidiram”, disse a titular sul-africana da pasta da Defesa, contrariando a posição manifestada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, segundo a qual a entrada das forças ruandesas foi mediante autorização pela SADC.
Entretanto, o Ministro da Defesa diz que não há qualquer mal-estar na SADC com a chegada de militares ruandeses no país. Jaime Neto afirma não haver qualquer tipo de mal-estar na SADC pela chegada a Moçambique de militares ruandeses, com a intenção de apoiar no combate ao terrorismo em Cabo Delgado.
De acordo com o mesmo, a SADC foi envolvida no processo que culminou com vinda dos militares ruandeses em Moçambique. “Ruanda como país, teve contacto formal da SADC para poder intervir militarmente aqui em Moçambique”, avançou o Ministro neste domingo (12), falando a jornalistas na Cidade da Beira.
Há que destacar que na ocasião, o responsável da pasta da Defesa no Governo moçambicano recordou que a Cimeira da SADC, para além da intervenção das Forças em Estado de Alerta da SADC, o país era livre de poder contactar algum país irmão africano que possa trabalhar com ele para ajudar a esclarecer e combater o terrorismo em Moçambique. É neste âmbito que Ruanda começou a trazer a sua força aqui em Moçambique.
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