O Standard Bank através de um comunicado confirma a recepção da correspondência do Banco de Moçambique que aplica multas milionárias entre outras punições. O Standard Bank garante aos seus clientes, parceiros e público em geral que ira continuar a buscar melhores soluções no Banco de Moçambique depois das sanções aplicadas.
“Continuaremos a dialogar e a trabalhar com o Banco de Moçambique para esclarecer todas alegações sobre a sua suspensão do mercado cambial e salvaguardar os interesses dos clientes e todas as partes interessadas”, avança o Standard Bank.
A instituição avança ainda que as suas operações diárias não relacionadas com este processo não estão afectadas e continuam a decorrer com normalidade. De destacar que, o Standard Bank dispõe de um plano claro de continuidade de negócios, tanto que já nomeou um Administrador Delegado interino, desde que este processo iniciou.
“O Standard Bank está comprometido em fazer negócios de forma ética e responsável. Os seus processos de “governance” e conformidade são rigorosos, pois a sua reputação é um seu activo valioso”, afirma a instituição.
O BANCO de Moçambique (BM) decidiu penalizar o Standard Bank e alguns dos seus gestores senioresna sequência de infracções detectadas nesta instituição financeira, que incluem a manipulação fraudulenta da taxa de câmbio, instalação e operação de uma rede de pagamentos ilegal sediada fora do país, que no geral se assemelha à SIMOrede.
Em comunicado de imprensa ontem divulgado, o Banco Central refere que “na sequência da inspecção ‘on-site’ realizada ao Standard Bank de Moçambique, S.A., foram instaurados processos contravencionais contra esta instituição bancária e dois dos seus gestores, designadamente Adimohanma Chukwuma Nwokocha, administrador-delegado, e Carlos Domingos Francisco Madeira, director da Banca Corporativa e de Investimentos, por infracções graves de natureza prudencial e cambial.
“Ao Standard Bank Moçambique, S.A., foi aplicada como sanção uma multa no valor total de 290.104.050,00MT (duzentos e noventa milhões, cento e quatro mil e cinquenta meticais); suspensão, até um ano, da actividade cambial de conversão de divisas e publicação, pelo Banco de Moçambique, da punição definitiva, às custas daquela instituição financeira”, refere a fonte.
O BM aplicou igualmente a Adimohanma Chukwuma Nwokochauma multa de 6.380.090,00MT (seis milhões, trezentos e oitenta mil e noventa meticais); inibição do exercício de cargos sociais e de funções de gestão em instituições de crédito e sociedades financeiras no país por um período de seis anos; e publicação, pelo Banco de Moçambique, da punição definitiva, às custas daquele.
Já para Carlos Domingos Francisco Madeira, foi aplicada uma multa de 14.036.198,00MT (catorze milhões, trinta e seis mil e cento e noventa e oito meticais); inibição do exercício de cargos e de funções de gestão em instituições de crédito e sociedades financeiras no país por um período de seis anos; e publicação, pelo Banco de Moçambique, da punição definitiva, às custas daquele.
O Banco Central explica que as medidas adoptadas visam salvaguardar os interesses dos clientes e de outros interessados, bem como assegurar a estabilidade do sistema financeiro perante as irregularidades detectadas, que incluem ainda a realização de operações irregulares de derivativos financeiros para a cobertura de risco associado à flutuação cambial, envolvendo o director da Banca Corporativa e de Investimentos como cliente;a não regularização dos termos de compromisso das exportações; e a não entrega, ao Banco de Moçambique, de gravações nos prazos estipulados, em clara acção de obstrução à actividade de inspecção.
“Os accionistas do Standard Bank Moçambique, S.A. estão a colaborar com o BM, por forma a sanar as irregularidades acima mencionadas.Neste contexto, foram elaboradas medidas de acompanhamento contínuo que poderão ditar o levantamento da suspensão aoStandard Bank, S.A. antes do prazo estipulado, mediante a avaliação positiva dos resultados”, refere o Banco Central.
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