No primeiro semestre do presente ano, o sector dos transportes e comunicações registou um decréscimo na sua produção em 3.7 porcento. Esteve resultados devem-se aos impactos nefastos da pandemia, entre outros factores. A informação foi avançada esta semana pelo Ministro dos Transportes e Comunicações no Conselho Coordenador deste sector.
“Nesta conjuntura adversa, prosseguimos com a implementação do Plano Económico e Social estabelecido para este ano. No primeiro semestre de 2021, a produção do Sector dos Transportes e Comunicações registou um decréscimo de 3.7%”, disse Janfar Abdulai.
O executivo defende que apesar das perdas devido a pandemia da Covid-19 e dos actos de terrorismo que assolam a província de Cabo Delgado, a tendência aponta para uma significativa recuperação se tiverem em linha de conta que, no Primeiro Semestre do ano passado, o decrescimento foi mais acentuado, situando-se em 11%.
“Mesmo assim, o Sector dos Transportes e Comunicações precisa de mobilizar toda a sua criatividade, para assegurar a realização da meta de crescimento positivo na ordem de 2%, fixada para este ano. Reconhecemos que o desempenho do Sector espelha o esforço desenvolvido pelos quadros que a diversos níveis implementaram medidas para assegurar o funcionamento da economia, no contexto adverso que o país e o mundo atravessam”, disse Abdulai.
De destacar que para além do balanço sobre o desempenho deste Sector, o XXXVI Conselho Coordenador traçou as linhas gerais para o Plano Económico e Social 2022. No mesmo, o Ministro do sector defendeu a necessidade de se manter projecções mais cautelosas, em reconhecimento da gravidade e incerteza da evolução da pandemia da COVID-19.
Janfar Abdulai realçou que, boas perspectivas se projectam para 2022, tendo em linha de conta a actual tendência de recuperação gradual da economia nacional e global.
Segundo o governante, no ramo do transporte rodoviário é necessário concluir-se o processo em curso de aquisição de 80 autocarros movidos à gás para o transporte público urbano, ao mesmo tempo a implementação do pacote de outras medidas definidas para a transformação estrutural deste ramo de actividade.
“Dos debates havidos nesta reunião, concluímos que a melhoria do transporte público urbano não deverá ser conseguida apenas com o investimento do Estado. Precisamos de partir para uma abordagem de políticas que induzam o Sector Privado a interessar-se por esta actividade. Os autocarros que temos vindo a adquirir não devem ser operados apenas para gerar recursos para os transportadores contemplados na distribuição destes meios”, defende o Ministro.
O sector defende ainda a necessidade de se reestruturar e gerir o investimento público que o Estado tem vindo a realizar na aquisição de autocarros, para a consolidação de um fundo rotativo orientado para o financiamento sustentável desta actividade.
Entretanto, para a materialização desta decisão, o Fundo de Desenvolvimento dos Transportes e a AMT deverão efectuar uma radiografia profunda sobre a actual situação do financiamento de autocarros e propor um modelo para a sustentabilidade deste processo.
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