São cerca de 13.4 bilhões de pessoas vivendo com HIV/Sida na região da SADC, e estima-se que o pior cenário regista-se em um estado membro. Ainda mais, é estimado em 40 porcento em algumas populações, e as zonas urbanas continuam as mais afectadas. Entretanto, nos estados membros as mulheres são mais afectadas, segundo as declarações de Andrew Gonani, CEO da National Aids Coucil.
“É estimado que 53 porcento das pessoas que vivem com HIV/Sida na Região são mulheres. Portanto onde há mulheres e raparigas, constituem 80 porcento daqueles que vivem com HIV/Sida no seu grupo. Enquanto isso, 92 porcento das infecções na região acontecem através de uma transmissão heterossexual numa idade adulta”, disse a fonte.
Gonani falava na esta segunda-feira (04) na Reunião Virtual de altos funcionários da SADC sob lema “Operacionalização da estratégia global de HIV/Sida 2012-206 e dos compromissos da declaração política das Nações Unidas para 2025 na Região da SADC”.
O evento de 03 dias foi frganizada pelo Secretariado da SADC em colaboração com a ONUSIDA, UNFPA, UNICEF,
PNUD, UNODC e a OMS. A reunião conta, só em Moçambique, com a presença de pouco mais de 30 altos funcionários do programa de HIV e SIDA do Governo, das Nações Unidas, Organizações da Sociedade Civil, académicos e pesquisadores que juntos irão apresentar e discutir os seus compromissos como Estados-membros da SADC para implementar a nova Estratégia Global de HIV e SIDA e a Declaração Política sobre HIV e SIDA adoptada pela ONU em Junho de 2021.
Na ocasião, Andrew Gonani destacou os reforços dos estados membros da SADC na redução de novas infecções. A fonte revelou que grande parte dos estados membros não alcançaram as metas da declaração do HIV/Sida.
“Como mencionado na declaração do HIV/Sida e a estratégia global 2020-2021 a 2026, nós precisamos trabalhar para acabar com as desigualdades, os estigmas e a descriminação da pessoa vivendo com HIV/Sida. Precisamos fazer progressos para acabar o Sida ate o ano 2030”, disse Gonani.
O responsável revelou ainda que a pandemia da covid-19 continua a menosprezar os ganhos feitos no processo do combate ao HIV/Sida. Porem, a fonte avança ainda que os estados membros tem implementado estratégias para preservar os ganhos feitos ate neste momento.
Segundo o mesmo, neste período da pandemia registou-se um aumento de gravidezes que é fruto de sexo sem protecção, um dos maiores veículos de transmissão do HIV/Sida. Defendendo ainda a implementação de práticas inovadoras que possam abrangir adolescentes, jovens e seus parceiros num processo integrado de combate ao HIV/Sida e reprodução sexual.
Por seu turno, Ema Chuva, Coordenadora do Conselho Nacional do Combate ao Sida (CNCS) revelou que Moçambique tem passos andados na implementação de programas de combate ao HIV/Sida.
“Nós como país achamos que temos um passo já andado, como sabem foi recentemente aprovado o quinto plano estratégico de resposta ao HIV/Sida, felizmente deste documento nós já integrado algumas metas contidas tanto na Estratégia Global de HIV/Sida, assim como na declaração politica. Para nós a caminhada já começou e esperamos que depois de este encontro finalizar este exercício”, disse Ema Chuva.
A fonte diz que o mundo está cada vez mais ambicioso em termos de prestação de serviços as pessoas vivendo com HIV/Sida. Portanto com a recém-lançada meta “95,95,95”, Moçambique não quer ficar para trás e vem trabalhando no sentido de que 95 porcento das pessoas vivendo com HIV saibam que são seropositivas, e 95 das mesmas estejam em tratamento e que tenha a supressão viral. Ema Chuva está ciente do grande desafio e defende que é importante estar de braços abertos para combater o HIV/Sida.
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