O maior apagão das principais (as mais usadas) redes sociais afectou a liberdade de expressão “digital”. Durante 6 horas de tempo tivemos limitações para expressar nossas dores, preocupações sobre qualquer assunto, seja ele político ou social. Afectou a comunicação entre as pessoas, e até os “negócios online”. Aqueles que as pessoas vendem imagem nas redes sociais, e são conhecidas por “Influenciadores digitais”.
As três redes sociais que estavam “bloqueadas” tem sido as principais plataformas da promoção da democracia no mundo, principalmente em países em que os processos democrático estão em desenvolvimento, assim como o nosso. E durante 6 horas sem este espaço de comunicação, tudo estava diferente.
As pessoas precisam do Facebook para reclamar que o facebook não estava a funcionar. E não só. Para acompanhar o que acontece no mundo, porque é um meio de informação mais barato existente no mundo. Pararam os “memes”, (um modelo de comunicação de curto conteúdo, cujo objectivo é informar ou reclamar de uma situação social ou política de forma sarcástica).
Este apagão fechou um espaço democrático. Deu pra perceber o quão importante são as redes sociais na vida das pessoas. Houve de certa forma um “silêncio forçado” no mundo durante seis horas. Ninguém criticou seu governo ou suas instituições, seus políticos ou artista, etc. Ainda mais, ninguém moveu uma campanha digital contra qualquer mal social neste período.
Afinal de contas o espaço virtual tem sido um dos mais usado nos países onde as liberdades de expressão em espaços físicos tem sido limitados de mais. Então as pessoas usam mais estes espaços para se expressar de qualquer forma, simplesmente por este ser um espaço mais seguro para tal. Por exemplo para Moçambique, é uma grande valia. Não há Mahindra, não cães, não há esquadrão da morte e nem há blindados com homens altamente armados para dispersar manifestantes de qualquer assunto, é tudo online/digital, (não presencial).
Nádio Taimo /2021
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