A abertura do KINANI será no 23 de Novembro, numa terça-feira, a primeira obra a ser apresentada é um trabalho colaborativo de Moçambique e Espanha. O “Otrmpodiz” é uma obra a ser apresentada pelos bailarinos Fenias Nhumaio & Deissane Machava pelas 18h no Museu das pescas.
“OTEMPODIZ” a ser apresentando por Fenias Nhumaio & Deissane Machava conta com a coreografia de Asier Zabaleta. Na sua produção está também Ertza Sorkuntza e a Artistikoa S.L.
Nesta obra os artistas tentam transmitir que: “Vocês têm o relógio, nós temos o tempo”. Diz-se que no Ocidente o tempo é contado, é medido, é comprado, é vendido, é planificado, é organizado, que é um bem objectivo, independente do ser humano, que é usado para fazer coisas, mas que quase sempre falta.
No entanto, em África, o tempo é vivido, é feito, tem-se, é um bem subjectivo e inerente do ser humano, que é habitado, e que quase nunca falta. O facto de nascermos num lugar específico do mundo marca infalivelmente a noção que temos do tempo e, embora nada seja inamovível, dificilmente seremos capazes de nos separar dessa noção inicialmente adquirida.
O tempo pode ser vivido de muitas formas, inclusivamente podemos ser escravos dele, mas o que não pode ser negado, e isso é válido para qualquer canto do mundo, qualquer que seja a nossa origem, sexo ou condição, é o poder que a dança nos dá para viver o tempo num presente absoluto.
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