Há guerras pelo poder que caracterizam quase todas organizações Juvenis de maior destaque no país. Todos querem ser líderes. Todos querem mostrar uns aos outros que podem mandar, que podem escolher quem pode ou não ascender ao poder. Estas guerras também podemos encontrar em outras organizações não juvenis. Mas grandes organizações empresariais ou profissionais, etc. Nunca fazem a troca dos órgãos sociais sem que se registem conflitos. São todas caracterizadas por conflitos para ascensão de cargos de direcção.
A União Nacional de Estudantes não poderia ser uma exceção. Recentemente, terminou o mandato da equipe que dirigia a organização, e realizaram novas eleições. A guerra pelo poder na UNE é tão grande, que vem se arrastando desde muito, que a pouco tempo foram realizadas duas Assembleia-Gerais. O presidente cessante convocou uma Assembleia-Geral onde foram eleitos pessoas da sua confiança para os órgãos sociais. De outro lado, o cessante Presidente da Mesa, convocou e realizou também outra Assembleia-Geral. Actualmente, a UNE tem dois Presidentes eleitos em Assembleias Gerais diferentes.
É importante explicar que, o presidente cessante não anda tão alinhado com o presidente da mesa cessante. Dizem que nem o reconhece como presidente da mesa da assembleia geral. É por isso que ele convocou a assembleia Geral sem a presença do Presidente da Mesa. Ainda mais, o actual Presidente eleito na Assembleia geral convocada pelo Presidente da Mesa, Antônio Taula chama-se Gimèsio Cândido. Este foi eleito no dia 18 de Dezembro, mesmo não sendo mais um estudante, é o que se fala por aí, o que se for verdade, viola normas estabelecidas nos estatutos da UNE. Fala-se ainda que Gimèsio Cândido e o antigo Presidente da UNE não se “cozinham”, e o outro não queria por nada que Gimèsio Cândido fosse eleito.
A pergunta que muitos fariam é, afinal quem dos dois presidentes eleitos tem mais poder ou tem legitimidade para dirigir a UNE. Gimèsio Cândido foi eleito numa Assembleia geral convocada pelo responsável da mesa da Assembleia geral. O outro foi eleito na Assembleia convocada pelo Presidente cessante. E vejamos, os documentos, carimbos entre outras coisas da UNE estão com o Presidente cessante, e poderá entregar o eleito da sua confiança para iniciar com as actividades. São “coisas de Moz”, aqui tudo é possível.
Vive-se um pouco deste tipo conflitos pelo poder no Conselho Nacional da juventude (CNJ), Na Organização Moçambicana da Juventude (OJM), no Parlamento Juvenil de Moçambique (PJ), etc. Já faz parte do dia-dia das organizações, é uma regra. Nunca se passa o poder de forma simples, ordeira e clara. Não é só problemas dos jovens, acontece lá na CTA, CCM, FEMATRO, etc. É uma regra da casa!
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