O caso de violação de sexual despoletado na semana antepassada, no dia 04 de Fevereiro, pelo 4Vês Repórter tomou um rumo diferente nos últimos dias depois de muito tempo “arquivado”. Neste caso já há detenções, na última sexta-feira (11) foram detidos cinco agentes do Ministério do Interior envolvidos na violação sexual de uma jovem de 21 anos de idade na Cidade de Inhambane.
Os cinco funcionários públicos são na verdade em números de dois afectos ao Serviço de Investigação Criminal (SERNIC), dois do Serviço Nacional de Salvação Pública (SENSAP) e um do Serviço Nacional de Migração (SENAMI). Não há envolvimento de agente da PRM como havia sido avançado na primeira matéria divulgadas neste órgão. Mas são todos funcionários do Ministério do Interior.
Soube ainda o 4Vês Repórter que, ontem foi legalizada a prisão dos envolvidos no tribunal. Dos cinco detidos, quatro deles vão permanecer nas celas ate ao julgamento do caso e um foi restituído a liberdade.
Importa destacar que, a violação aconteceu no dia 16 de Janeiro do corrente ano. Depois da violação sexual, os agentes fizeram graves ameaças de acordo com vítima para evitar que ela fizesse uma denúncia para uma possível responsabilização dos agentes.
A vítima denunciou o caso a esquadra, mas quando os violadores tiveram conhecimento de que ela se fez presente na segunda esquadra da Cidade de Inhambane, retomaram com as ameaças e afirmaram que ela e a mãe, perderiam emprego e ela iria presa porque eles ostentam altas patentes da polícia.
Ainda nesta segunda-feira (14), a Associação Rede dos Direitos Humanos (ARDH) submeteu em Maputo uma denúncia sobre o assunto no Provedor da Justiça no sentido de ver o caso esclarecido e responsabilizados os autores do crime.
Sérgio Matsinhe, Presidente da ARDH confirmou a informação publicada pelo nosso jornal de que no hospital foi confirmada que realmente houve uma violação. “No hospital foi constatado que realmente houve violação tanto vaginal, assim como anal comprovada através de ranhuras presentes em todos seus órgãos”, acrescentou Matsinhe.
Entretanto, uma dos pontos da denúncia feita ao Provedor da Justiça tem a ver com o que já havíamos avançado, sobre a demora na resolução do caso depois que a vítima submeteu a queixa a esquadra no dia 18 de Janeiro. Os envolvidos só foram detidos depois da matéria publicada neste órgão de informação e depois o seguimento do caso por parte da organização de Direitos Humanos.
“Outro aspecto não menos importante é o desleixo e demora na actuação do comandante da segunda esquadra da PRM da Cidade de Inhambane ( Sr. Bento) após conhecer a situação o que sugere alguma negligência e inatuação atempada para a reposição dos direitos da visada e consequente responsabilização dos visados nos termos a Lei, só moveu-se depois da Associação rede dos Direitos Humanos- ARDH, apresentar uma denúncia à Procuradoria Distrital de Inhambane”, avançou o Presidente da ARDH.
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