O conflito laboral entres os trabalhadores e o patronato na Açucareira de Xinavane avança com seus problemas entre actualização do salário e a condenação na justiça de alguns trabalhadores. Foi recentemente actualizada a tabela salarial, um dos motivos do referido conflito que terminou com a vandalização de bens públicos e privados em Xinavane, numa violenta greve que nem a polícia conseguiu parar.
O aumento salarial registado, apesar de ter sido aceite pelos Sindicatos depois de um processo logo de negociação, está muito longe do desejado pela classe trabalhadora naquela empresa. A nova tabela é contestada pelos trabalhadores que ainda esperam por um processo de negociação para um aumento justos na sua ótica.
Consta que da actualização, os trabalhadores da categoria A1 passam dos 5.870 Mts para 6.200 Mts. Já a categoria A2 passa dos 6.015 Mts para 6.300 Mts e A3 dos 6.105 para 6.500 Mts. Entretanto na letra B apresentou um aumento mais elevado se comparado com a letra A. Assim sendo, a B1 teve um aumento de 530 meticais, passando dos 7.500 para 8.030 Mts. A B2 passou dos 9.170 para 9.590 Mts, B3 dos 11.235 para 12.005 Mts. Já a B4 passou dos 13.530 para 14.140 Mts, tendo por último a categoria B5 com o maior aumento em 940 Mts, passando assim dos 17.080 Mts para 18.020 Mts.
Depois da última greve alguns trabalhadores foram detidos pela polícia. Num processo de perseguição e detenções, segundo nossas fontes há muitos inocentes na lista dos detidos. Sabe o 4Vês Repórter que uma parte considerável dos trabalhadores foram detidos em suas residências, o que se pode dizer que é nada mais que pura perseguição por estes terem reivindicando um aumento salarial.
Entretanto a sentença dos vinte e sete trabalhadores da Açucareira de Xinavane, distrito da Manhiça, província de Maputo, detidos na sequência dos actos de vandalização registados nas instalações daquela unidade fabril, poderá ser proferida em breve.
Os trabalhadores em alusão, que estiveram desde a última semana no banco dos réus, os mesmos são apontados como protagonistas do incêndio de residências e de viaturas de alguns funcionários seniores da companhia de produção de açúcar. Os indivíduos, em “conflito com a lei” de acordo com as autoridades poderão ser responsabilizados pelos crimes de desobediência, bem como de destruição de bens públicos e privados.
De lembrar que as manifestações na empresa começaram de forma pacifica e terminaram com a vandalização devidos as perseguições que os trabalhadores eram alvos. Depois de alguns trabalhadores serem detidos, injustamente, pela polícia o conflito teve outro rumo, o mais violento. As detenções arbitrárias deixaram os trabalhadores enfurecidos. Mais uma vez, a PRM foi accionada para a “caça as bruxas”, detendo mais trabalhadores depois da manifestação.
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