O Vice-Presidente da Assembleia da República de Moçambique, manifestou nesta terça-feira, 17 de maio, na Universidade de Helsínquia, na Finlândia, o desejo de ver universidades, académicos e estudantes moçambicanos ligados a esta instituição de ensino superior que se encontra entre as 20 melhores do mundo.
Injonjo, que se encontra a visitar a Finlândia para troca de experiências, na companhia de onze participantes, entre membros da Comissão Permanente da Assembleia da República e assessores parlamentares, ficou a saber dos projectos da universidade e agradeceu a parceria com as universidades moçambicanas.
“Queremos agradecer a parceria que a universidade, uma das 20 melhores do mundo, tem com as universidades moçambicanas. Sabemos que tem uma ligação forte com a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) que é a maior e a mais antiga de Moçambique, mas também sabemos que há perspectivas de se avançar com uma parceria com a Universidade de Lúrio, que está no norte do país, a produzir conhecimento e a formar numa região estratégica de Moçambique”, referiu Injonjo.
O dirigente parlamentar reconheceu o papel das universidades na busca de soluções face aos desafios sociais, políticos e econômicos para melhorar as condições de vida da população.
“A história é uma prova que somente com o conhecimento é que se pode alcançar o desenvolvimento. Por isso encorajamos a Universidade de Helsínquia a desenhar pacotes para estudantes africanos. Também verificamos que a universidade integra poucos investigadores provenientes de África. Queremos que haja maior intercâmbio para podermos aprender da vossa experiência em termos de produção de conhecimentos, ensino e pesquisa de soluções para os problemas que ainda enfrentamos.”.
Neste sentido, o Vice-Presidente da Assembleia da República convidou a Universidade de Helsínquia a trabalhar com o Instituto de Bolsas de Estudo de Moçambique de modo a estabelecer mecanismos de cooperação com este instituto.
“Ficaríamos felizes em ouvir que a Universidade de Helsínquia estabeleceu uma parceria com o Instituto de Bolsas de Estudo e lançou bolsas para estudantes moçambicanos”.
Anna-Maria Salmi, Directora da Área de Desenvolvimento da Universidade de Helsínquia, prometeu levar a consideração a direcção da Universidade de Helsínquia, e explicou que a instituição tem uma abordagem de intervenção internacional, nacional e de intercâmbio universitário.
“A nível internacional achamos que será interessante olhar para um intercâmbio global a nível da Europa e África. Esta é uma oportunidade de coordenar com as Universidades dos países europeus e do continente Africano. Neste âmbito, a Universidade Eduardo Mondlane de Moçambique faz parte deste intercâmbio”, afirmou Salmi, tendo acrescentado que “esperamos receber contribuições no sentido de melhor fazer proveito desta interacção”.
Finlândia vai reforçar a qualidade do ensino de direito
Ainda na Universidade de Helsínquia, os deputados interagiram com a Directora do Centro do Estado de Direito, Tuija Brax, uma instituição ligada à universidade e que recentemente iniciou a implementação de um projecto em Moçambique que tem como foco reforçar a qualidade de ensino de direito para o combate ao crime.
“É a partir deste centro que iniciamos, no dia 1 de abril de 2022, em Moçambique, a implementação de um projecto de dois anos com objectivo de melhorar a qualidade do ensino de direito normativo que vai abranger o Centro de Formação Jurídica e Judiciária (CFJJ) e algumas universidades, com particular enfoque na prevenção da corrupção e no combate ao crime organizado. A premissa do projeto é que a educação desempenhe um papel significativo no combate ao crime”, disse.
A visita de troca de experiência é organizada pelo Instituto para Democracia Multipartidária (IMD) e DemoFinland, no âmbito da implementação do Projecto “Fortalecendo o Papel do Parlamento e das Assembleias Provinciais na Fiscalização do Sector da Indústria Extractiva em Moçambique“, que conta com o apoio da Embaixada da Finlândia.
Comenta com teu facebook