Era uma vez, na capital do país foi registado um caso insólito alguns meses depois que iniciou a formação em Matalane. Um homem perdeu a vida, esse homem era um agente da polícia, era o marido da Judite. Antes que fale desta tragédia deixa me falar um pouco sobre quem é Judite. Era uma esposa do falecido que teria recolhido milhões de meticais de jovens que sonhavam em ingressar as fileiras da polícia. Ela era a dona dos “weys”, a senhora dos esquemas, cobrava a partir de 50 mil meticais para os candidatos. Essa sim facturou, diga-se que fez mais de 200 vítimas. Sim, são realmente vítimas porque hoje choram bastante desesperadamente.
Judite prometia aos candidatos ou as suas vítimas o acesso a formação. Mas que poder ela tinha para influenciar na seleção dos candidatos? Ninguém sabe concretamente, mas fala-se que ela tinha uma amiga no Comando que juntas faziam milagres no processo. Deixa me dizer-te que Judite não era polícia, era uma simples cidadã. Com uma amiga polícia, a mulher era casada com um agente da polícia e juntos viviam na “zona policial” em dos famosos bairros da cidade de Maputo. Todo esses factores lhe facilitaram ganhar muito dinheiro de candidatos.
Tendo pago os valores cobrados pela senhora do esquema, os candidatos foram realmente aprovados. Mas o problema começou quando a formação começou em Matalane e estes ficaram de fora. Começaram a ir atrás de informação nos comandos para perceber o que realmente aconteceu, não entendiam nada. Nesse momento, Judite não já havia desligado o celular, os números não chamavam e continua até aqui assim mesmo. Candidatos davam e continuam a dar voltas no comando em busca de soluções deste problema.
Nestas voltas, alguns decidem ir atrás da Judite, alguém conhecia a casa da mesma. Chegados lá, segundo contam, encontraram o marido. As vítimas disseram que estão a procura de Judite, e o senhor confirmou que a Judite é sua esposa e não polícia como alguns pensavam, e afirmou que o único cargo que Judite tem é no partido no poder a nível do bairro. Nesse momento, na verdade Judite estava em parte incerta, e mais parece que o marido nem sabia disso. Estes explicaram ao senhor o motivo que os levava a “zona policial” em busca de Judite.
Aí começou outra parte do problema, aquele homem, diga-se que não sabia do assunto. Não sabia que sua esposa estava envolvido nesse tipo de esquemas, ficou surpreso. A surpresa foi de mais que o homem teve um “piripaque”. Ao se aperceber da gravidade do assunto e dos valores envolvidos, coitado do homem veria a ter trombose. Tristemente, isso veio a lhe custar a vida. Judite não apareceu nem no velório do marido, encontra-se na parte incerta com o dinheiro doa candidatos. Todo a “zona policial” e o bairro ficou saber desta história. Enquanto o marido da Judite descansa em paz, os candidatos ainda buscam resolução no Comando Geral porque foram aprovados, mas não foram a formação da polícia.
NTaimo-“Passarinho”
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