A empresa AutoGás irá investir um total de Quarenta Milhões de Meticais para reforçar a capacidade de resposta na distribuição do gás veicular no país. O anúncio deste investimento foi feito nesta quarta-feira (25) pelo Director Executivo da Auto Gás, João das Neves num dos encontros periódicos dos utilizadores GNV.
Numa altura em que o número de veículos movidos a gás tende a aumentar no país, urge a necessidade de um investimento maior para responder a procura. É nesta perspectiva que a AutoGás pretende reforçar sua capacidade de prestação de serviços.
Com os 40 milhões, de acordo com João das Neves a empresa quer adquirir e implantar nos seus postos novos dispensários de alta vazão, um pouco mais rápidos no processo de abastecimento do que que estão a ser usados no momento. Pretendesse-se adquirir também novos compressores para os postos de abastecimento, assim como aumentar a sua capacidade de armazenagem.
Importa destacar que neste momento, a capacidade de técnica da AutoGás é de abastecimento de um total de 7 mil veículos. Entretanto, a empresa conta actualmente com sete (07) postos de abastecimento no país, e pretende alargar o número, estando neste momento dedicada na importação e aquisição de material para melhor operacionalização dos postos já existentes, e alguns ainda em construção.
Das Neves avançou ainda que a AutoGás tem vindo a trabalhar no incentivo da conversão de automóveis a diesel. Em parceira com algumas empresas no país o processo de conversão para gás veicular já apresenta resultados incentivadores, porém, o mesmo aponta vários desafios nesta actividade.
Um destes desafios está ligado a sustentabilidade da actividade de conversão, onde os custos são elevadas devidos ao material usado que não é possível encontrar no mercado nacional. E os valores de importação deste material preocupam o empresariado. Mas João das Neves defende a necessidade de incentivar mais este processo de conversão através da isenção de imposições aduaneiras na aquisição do material, ou que, o Estado possa subsidiar os custos de conversão.
Enquanto isso, o número de veículos movidos a gás aumenta no país, a AutoGás mostra-se aberto a trabalhar com outros fornecedores de combustíveis para melhor satisfazer os seus clientes.
“Neste momento estamos a tentar transmitir que, quem tem um posto de abastecimento de combustível e está interessado em ter o gás natural nesse posto, que se aproxime de nós, iremos encontrar em conjunto a solução ajustada para que ele também entre no negócio do gás veicular”, explicou o Director Executivo.
Ciente dos desafios, João das Neves afirma que são necessários investimentos avultados para tal, mas destaca que com a expansão do número de consumidores, este “é o negócio do futuro”. Acrescentando que “O investimento é o principal obstáculo para a expansão do gás natural no país. O investimento é extremamente avultado e, o nível de retorno é a medio e longo prazo”.
Segundo a fonte, nos países onde o gás natural teve sucesso, sempre houve em algum momento um empurrão do Estado na criação da infraestruturas. E que em Moçambique ainda não foi oportuno o estado intervir, mas que já há algum sentimento de que deve-se apoiar este tipo de iniciativas.
“E principalmente o desafio é que o financiamento comercial da maneira que é feito hoje, com as taxas de juros em vigor, os projectos não são viáveis, esse é o principal desafio. É por isso que é preciso que por um lado, partilhar o investimento com vários intervenientes em que cada um faz a sua parte, mas por outro lado encontrar fundos de desenvolvimento. Fundos específicos para promover e incentivar a massificação do uso do gás natural”, avançou das Neves.
O Director Executivo da AutoGás, João das Neves destacou ainda a forma pela qual o Estado contribuiu recentemente para no negócio de gás veicular com a aquisição de 80 autocarros movidos a gás. Segundo conta o mesmo, o papel cumpriu com o seu papel, e que os autocarros é resposta da promessa que havia sido feito em 2008 quando o projecto iniciou. Apesar do cumprimento tardio, Das Neves mostra uma satisfação, esperando que sejam feitos mais investimentos do género pelo estado para estimular a população moçambicana a fazer a conversão dos veículos.
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