Delca Da Gloria é uma jovem de nacionalidade moçambicana que decidiu engrenar no mundo da agulha e linha ou seja, Crochê. Para melhor entender a trajetória desta jovem, a nossa equipe de reportagem decidiu conversar com a mesma. Desta conversa com a empreendedora, destaca-se o facto da mesma reclamar sobre um hábito dos seus cliente, de não querer pagar o preço justo, mas sim o que cada entende que deve.
Da Gloria começou revelando-nos na sua intervenção o inicio desta caminhada. Com a memória fresca, a fonte diz que lembra-se “como se fosse ontem” quando a sua avó trouxe uma agulha de crochê e uma linha de lã para mostrar o que sabe fazer. Mas longe do impulso da avó, a empreendedora teve que ir buscar mais inspiração em vídeos da internet para aperfeiçoar.
“Naquele tempo eu não sabia nada sobre isso, facto este que peguei no meu celular, entrei no Youtube e pesquisei… ́aulas de crochê iniciante…e daí o meu amor por crochê e foi aumentando, e nunca mais parei. Em 2020 entrei na escola de corte e costura e lá tinha uma professora que dava aula de crochê e aperfeiçoei com ela”, revelou.
A fonte foi mais além ao destacar o apoio imprescindível da sua família, mas não só a família, amigos também tem dado um apoio significativo nesta caminhada do empreendedorismo que a mesma engrenou.
“Sou mais especializada em roupas de saída de praia, porém quando uma cliente pede para fazer uma base de mesa, faço. Mas o meu ponto forte é nas roupas de saída de praia”, disse Da Gloria.
Quanto tempo levas para tirar uma peça?
A fonte responde: “Depende da peça, por exemplo a cliente pode pedir apenas biquíni, isso sai em um dia. Mas quando pede com saia, isso pode levar dois dias. Dependendo do cumprimento da saia, porque há clientes que não gostam que o seu corpo esteja muito exposto”
Vale apena apostar no crochê?
“Bom! Vale a pena sim. O que acontece é que as pessoas não sabem dar o devido valor, elas veem a coisa feita e acham que é muito fácil, mas não é. Por detrás daquilo que é requisitado tem muita coisa envolvida. Vou repisar nesse assunto porque acho que é de extrema importância, que eu não faço isso apenas por diversão. Vou embrulhar a sua peça em um plástico que tem a marca das minhas roupas como uma forma de mostrar ao cliente que aquilo não é por simples diversão e também lhe fazer perceber que por detrás de confecção da peça, há outro porém que é, mandar estampar plásticos/sacolas com o seu logotipo. Logotipo este que é a marca do meu nome pessoal, assim posso dizer e isso requer dinheiro”.
Será que o mercado está ao seu favor?
Da Gloria responde: “Como nova no mercado, posso dizer que o mercado não está ao meu favor. Não está ao meu favor porque as pessoas querem pagar o que eles querem não o que artesã decide. E elas vê algo na internet e acham que é só piscar o olho e já está, enquanto não. Fora o trabalho que isso dá, tem outras coisas envolvidas, por exemplo não vou entregar uma peça ao cliente num plástico de 3mt, não faria sentindo. Como uma forma de fazer ou cultivar com que a pessoa tenha amor com a minha arte, eu tenho a obrigação de colocar as minhas peças dentro de uma sacola que vai chamar atenção ao meu cliente porque tudo e como faço diz muito sobre mim. E eu quero transmitir as pessoas uma imagem de uma pessoa profissional que sou e acima de tudo, que faço aquilo por amor”.
Importa realçar que a empreendedora espera que o seu negócio cresça cada vez mais, e garantiu continuar a produzir mais artigos, melhorando cada vez mais a qualidade dos produtos e serviços. Com residência na capital do país, Delca Da Gloria espera explorar novas oportunidades de mercado para comercialização dos seus produtos.
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