A caminho do 12º Congresso do partido Frelimo, o Presidente Nyusi e o Secretário-geral da OJM Silva Livone, interagindo na semana passada, fizeram discursos de lamentações de coisas que acontecem no partido dos camaradas. O Presidente do partido afirmou que o terrorismo é desencadeado por inimigos externos da Frelimo. Disse o mesmo que os insurgentes querem tirar a Frelimo da liderança do Estado moçambicano. Nyusi aproveitou a oportunidade para exigir foco dos camaradas para não ceder aos inimigos, entre os quais terroristas.
“A nível dos actores externos, também se verificam acções que visam minar a permanência do nosso glorioso partido na liderança dos destinos dos moçambicanos”, começou por dizer Nyusi, para, depois, revelar que “porque a onda manifestações e outras tentativas de criar desordem, com instrumento político, nunca surtiram o efeito de enfraquecer a Frelimo e o povo, os nossos inimigos montaram a agressão terrorista”, disse Nyusi.
Já por seu turno, Livone falou da confusão no seio do braço juvenil do partido Frelimo, tem sido frequente nos últimos dias. O secretário-geral da OJM normalizou as confusões que são recorrentes quando chegam as eleições internas, onde segundo o mesmo, alguns camaradas são usados por pessoas de má-fé, com objectivos de criar confusão na organização. Livone foi mais além ao condenar o acto e deixou um apelo aos jovens da organização, para que se aproximem aos órgãos competentes e coloquem as suas preocupações, em caso de qualquer situação desconfortável dos camaradas, ao invés de reclamar e fazer confusão nas redes sociais e órgãos de informações desnecessariamente. O secretário-geral diz ainda que os agitadores têm como principal objectivo inviabilizar os processos eleitorais.
Na mesma semana, Filipe Nyusi, presidente da Frelimo, conduzindo a aula inaugural de uma série de seminários de integração dos membros dos secretariados das organizações sociais começou por falar da génese da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), Organização da Juventude Moçambicana (OJM) e Associação dos Combatentes de Luta de Libertação Nacional (ACLLIN). Nyusi destacou ainda na sua intervenção, seu papel para garantir vitória ao partido nas próximas eleições.
O presidente afirmou que entre os desafios que se impõem ao país, está o terrorismo na região Norte do país. O Presidente da Frelimo justiçou o porque de achar que o terrorismo tem objectivo de tirar o partido do poder. “De certeza, não foi mero acaso que as acções terroristas se iniciaram a 5 de Outubro de 2017, exactamente no dia em que terminava o 11º Congresso da Frelimo, que foi um grande sucesso no fortalecimento do partido, na reafirmação da nossa agenda pela unidade, paz e desenvolvimento. Quando nós estávamos a bater palmas de sucesso do nosso congresso, o terrorismo estava a dar o seu primeiro sinal”, lembrou Nyusi.
Apesar disso, Filipe Nyusi voltou a garantir que há um enfraquecimento gradual dos terroristas em Cabo Delgado, e abordou outros desafios impostos a sua liderança. “Impõe-se a necessidade de continuarem focados na agenda das organizações que dirigem e do partido. A competição multipartidária transporta consigo grandes desafios, quer a nível interno do partido, quer nos pleitos que envolvem outros partidos”, disse Nyusi aos camaradas quando abordava sobre desafios do partido. O político foi mais alem afirmando que “a liberalização económica e adopção da economia de mercado levou alguns a esquecerem-se da missão principal de defender os interesses do partido e do povo, o nosso verdadeiro patrão, passando a preocupar-se mais com agendas pessoais e de certos grupos”.
Para vencer os inimigos do partido, Filipe Nyusi disse ser fundamental o papel das organizações sociais da Frelimo. Nisso, o presidente da Frelimo destacou características imprescindíveis para um líder dos braços do partido: “sem ego, determinado, estimulador de progresso, sentido de missão, cultura de disciplina duradoura, uso das Tecnologias de Informação e Comunicação”.
Para vencer os inimigos do partido, Filipe Nyusi disse ser fundamental o papel das organizações sociais da Frelimo. Nisso, o presidente da Frelimo destacou características imprescindíveis para um líder dos braços do partido: “sem ego, determinado, estimulador de progresso, sentido de missão, cultura de disciplina duradoura, uso das Tecnologias de Informação e Comunicação”. E mais, “um dirigente não deve agir por presunção. Deve ser por compreensão… ‘presumo que…’, não! Tem de compreender com fundamentos e argumentos. Se não fizerem isso, vão começar a assassinar os nossos colaboradores. O facto de alguém berrar, não quer dizer que não seja nosso, entre aspas, é preciso compreender as pessoas”, disse Nyusi.
Nyusi pedir que os camaradas não se agitem na luta pela liderança. O mesmo destacou que nos últimos tempos, trocar de dirigentes não tem sido a tónica do partido. “Há uma certa consistência para mantermos a linha. Agora, se é a pessoa, desembarca. Não façam esforço para mostrar que têm capacidade, até porque, vocês, para serem eleitos, não precisaram de fazer esforço”, disse.
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