Há uma onda de insatisfação dos trabalhadores da Frelimo contra a direcção, depois de recentemente terem acusado Roque Silva de prepotente, coube desta feita a vez da Sónia Vitorino Macuvel, a secretária para administração e finanças, acusada de incompetente e arrogante, tendo inclusive enveredado em esquemas de falsificação de documentos como certificados.
Sónia é acusada de ser a gestora dos negócios e rombos financeiros em conluio com Roque Silva. “Já havia indício de sua falta de idoneidade quando foi confirmado em tempos por documentos do então Magnífico Reitor do ISPU, GAB/Reitor TD-02/6 de 22 de Novembro, código 1682, quarto semestre, sala 304, o seu envolvimento em fraude académica, em que introduziu uma colega sua que se fizesse passar por ela para fazer a prova de matemática financeira.
O que culminou com a sua suspensão agravado pelo comportamento mau, arrogante manifestado contra a Empresa de segurança Alfa que trabalhava no ISPU”, apontam os trabalhadores.
Segundo os trabalhadores da Frelimo, Sónia Macuvel atropela e assassina os instrumentos legais do partido, como por exemplo, mandar instaurar processos disciplinares e dizer para que os instrutores do processo voltem a ser eles a assinar a decisão, por exemplo de uma expulsão, de uma suspensão, entre outros actos administrativos mal instruídos. “Até um leigo nestas matérias sabe que os instrutores de um processo não podem simultaneamente emitir um parecer e tomar a decisão sobre o referido assunto. Ela demonstra a sua ignorância e falta de respeito.”
Para os descontentes, Sónia encontrou no cargo que ocupa a galinha dos ovos de ouro para enriquecimento ilícito próprio e de Roque Silva. Alegam que ela usa os apoios encaminhados ao Partido e as cobranças das empresas participadas para o benefício de Roque Silva, até na construção das estâncias turísticas ela é quem fazia e faz o pagamento das despesas e compra dos materiais para apetrechar os imóveis e outros materiais saíram da Sede Nacional quando esta foi reabilitada.
“Os materiais que eram tirados da Sede Nacional foram levados para o armazém e outros subtraidos na calada da noite no recinto da Sede Nacional, onde vinham camionetas sob orientação de superiores para carregarem aqueles materiais e imobiliários de qualidade para levar a Bilene, província de Gaza e para Tofo, província de Inhambane. Para além disto já tinha sido reportado que foi ela quem custeou as despesas do casamento de Roque Silva, que só o fez tirando das verbas do partido.”
As nossas fontes avançam ainda que, Sónia Macuvel tentou vender o parque de viaturas do Partido, localizado na Baixa da Cidade, próximo ao Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, tendo mandado para lá vários compradores de várias raças e nacionalidades. “Tinha acertado a venda com um sul africano, só que ela impôs a condição de ter alguns apartamentos no projecto destes ao que eles não concordaram.
Outra situação estranha é da reparação das viaturas do partido, como sabem o parque tem condições de reparar viaturas, mas, a secretária das finanças dava ordens para que o parque fizesse a avaliação, diagnóstico técnica das viaturas e depois mandava todas as viaturas avaliadas para a oficina Bluer, localizada na Machava onde depois o partido tinha que pagar somas avultadas de dinheiro. O mais estranho é que as viaturas depois de serem pagas, voltavam com os mesmo problemas técnicos que o parque de viaturas detectou ou seja, usavam das avaliação técnica feita no parque para constar das facturas e assim drenar o dinheiro do partido, com fins obscuros”, acusam.
Segundo os trabalhadores, o chefe do parque, que perdeu a vida há menos de 15 dias, acabou se chateando com o sul africano responsável pela Bluer e este de má fé, gravou o que o chefe do parque reclamava e mandou a Sónia que por sua vez, insultou, ofendeu, humilhou o chefe do parque, que tinha problemas de saúde relacionadas a tensão baixa, tendo este chegado a pôr o lugar a disposição.
Aliás, acusam, foi através dos trabalhadores da Sede Nacional com a categoria de serventes que limpavam a sede do partido foram mandados para trabalhar no jardim. Um trabalhador com a categoria de servente, viu de forma verbal, a alteração do objecto do seu contrato, isto para acomodar algum comportamento não integro.
No lugar destes serventes da Sede, ela meteu serventes da sua empresa de limpeza, a Amandla, serviços e limpeza, sufocando ainda mais o exíguo orçamento do partido. “E nos perguntamos se o partido não tem dinheiro, porque não formar os nossos serventes e fazer destes uma empresa de limpeza que vai para além de limpar a Sede, trazer algum dinheiro para o partido?”, questionam para depois acrescentarem que, o partido paga a empresa da própria secretária de finanças, uma vez que a empresa em referência faz limpeza na Sede e na Escola Central e os dinheiros vão para a sua conta, numa clara roubalheira e sujeira financeira.
Segundo os denunciantes, as auditorias no partido Frelimo são de pessoas próximas a Sónia Macuvel, sendo ela jogadora e árbitra em simultâneo. “Não consegue regularizar o salário dos trabalhadores que concluíram o nível académico há 7 anos, mas consegue pagar empresas dela e interesses de Roque Silva, seu comparsa nesta delapidação do património financeiro da Frelimo. Sónia foi a pior secretária da administração e finanças que a história da Frelimo teve, só perde para a bebida. Onde quando vai as bebedeiras, os motoristas devem a esperar até engrossar, não importa a hora que vai terminar a bebedeira.”
Para os trabalhadores da Frelimo, se este 12⁰ Congresso fosse transparente, de pessoas que não se deixam vender ou aliciar por uma barriga cheia, ela e Roque Silva devia não ser votados. Infelizmente, há uma estratégia de usar delegados não eleitos aos níveis de base. Uma estratégia para assegurar a reeleição em 100% do Roque Silva.
“Mas como sabemos o dinheiro fala mais alto, mesmo que seja para perpetuar o sofrimento dos trabalhadores do aparelho do partido, dos dirigentes do partido aos vários níveis, assim será. Queremos dizer que se Sónia Macuvel e Roque Silva se mantiverem na direcção do órgão do partido ou vão ter que mudar e ser pessoas melhores, ou o tempo que lhes resta vamos mostrar que trabalhadores unidos jamais podem ser vencidos.”
As nossas fontes terminam esclarecendo que “não somos trabalhadores por eleições, já trabalhamos com outros secretários e se foram, vocês também hão de ir por bem ou por mal, mas um dia hão de ir e nessa altura vamos procurar nos recuperar de todo o mal que nós fizeram, do matabicho que nos tiraram, do almoço que querem cortar, enfim, tirem tudo que seja benefício do trabalhador, mas, tudo um dia vai acabar. Abaixo a tirania, o nepotismo, a arrogância de Sónia Macuvel e Roque Silva Samuel.”
Comenta com teu facebook