O Secretário-geral da Organização da Juventude Moçambicana (OJM) afirmou no último final de semana, a existência que narrativas e mitos em torno do recenseamento militar, e estes dizeres podem fazem com que os jovens não adiram em massa aos postos de recenseamento militar que decorre no país. Segundo Silva Livone, “Existem narrativas e mitos que dizem que o recenseamento militar visa recolher jovens a Cabo Delgado.
Livone foi mais além afirmando que estas narrativas “não constituí a verdade porque depois do recenseamento militar existem outras etapas, uma delas e fase de aprovação e seleção que visa apurar os aptos para o efeito, e os aptos são submetidos a outras formas de exames até chegar a conclusão”.
O Secretário-geral da OJM encoraja os jovens a todos os jovens que completam 18 anos até dia 31 de dezembro deste ano e também para os que, durante esse período não puderam recensear por várias razões, a aproximarem-se aso postos de recenseamento mais próximo da sua residência.
“Tem muitas vantagens fazer o recenseamento militar. Uma delas é das oportunidades de emprego que muitas das vezes tem sido exigida a Declaração Militar. Quando não estás recenseado não tens como ter essa declaração militar ou não tens a situação militar regularizada”, afirmou Livone.
Férias e dificuldades na aquisição de declarações de bairro são motivos de fraca aderência
Livone falava num evento, na cidade de Maputo, organizado pela WEKE UP cujo objectivo era refletir sobre “O amor a Pátria”. Questionado pelo 4Vês Repórter sobre o que a OJM faz para reverter os números baixos de jovens que adirem aos postos de recenseamento na Cidade de Maputo, Livone afirmou que a sua agremiação faz palestras para incentivar aos jovens a cumprir este dever cívico.
“Uma das coisas é esta palestra que realizamos. Fizemos um exercício rápido quando chegamos aqui, perguntamos aos jovens aqui (no evento) quantos já se recensearam e eram 16, e perguntamos quantos ainda não se recensearam, eram 30. Portanto, o número só nesta sala dos não recenseados é maior do que os recenseados”, avançou a fonte.
O mesmo afirma que “muita das vezes, os jovens da Cidade de Maputo podem se sentir no conforto, se calhar por existência de muitos meios de comunicação social, e os jovens não se interessam em receber informações de fontes seguras”. Acrescentado ainda que, “queremos exortar a todos os jovens da cidade de Maputo que muita das vezes devido a muitas tarefas, alguns trabalham, fazem conta própria, muita das vezes não tem tempo para recensear-se. Mas tirarem só um dia, se é uma sexta-feira de tarde para recensear-se, que é gratuito”.
Entretanto, outro factor mencionado por Silva Livone ligado a fraca aderência aos postos de recenseamento na Cidade de Maputo é que o mês de janeiro é um mês de férias “Muitos jovens da Cidade de Maputo viajaram de férias e vão começar a regressar no final deste mês. E acredito que já em fevereiro os números vão subir”, acredita o entrevistado.
Livone está ciente de algumas dificuldades encontradas pelos jovens no terreno para recensear-se. Estás dificuldades estão ligadas a aquisição de declarações de bairros que não tem sido fácil para a juventude nas secretarias dos bairros.
“Quero aproveitar exortar aos chefes de quarteirões e Secretários de Bairros que, tem a responsabilidade de mobilizar os jovens a nível da base, a responsabilidade deles verem quantos jovens existem no bairro e quantos ainda não se recensearam e irem atribuído as declarações de bairro. As vezes tem sido excesso de burocracia que os jovens chegam para adquirir a declaração de bairro, o secretário do Bairro dá muitas curvas ou por vezes o processo pode ser muito lento, e o jovem é aquele que gostam de coisas flexíveis, terra-à-terra, coisas rápidas. Então estou a pedir para haver celeridade no processo de tramitação de documento para poder haver mais aderência de jovens” explicou Livone.
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