Agricultura Sintrópica (ou plantio sintrópico) é um sistema que junta, na mesma área, a produção de hortaliças, frutas, legumes (entre outras culturas) com a finalidade de criar condições ambientais e sustentáveis para a recuperação de áreas degradadas, ajudar no reflorestamento e proteger o meio ambiente.
Foi com este intuito que o Kosmoz junto dos seus parceiros tiveram a iniciativa de organizar um formação de sete dias em Bobole com 30 agricultores daquela localidade com o objectivo de ensinar os benefícios da agricultura Sintrópica para o seu sustento mais não só.
Numa primeira intervenção a diretor da Kosmoz Elisângela Rassul revelou a nossa reportagem que a iniciativa surge dentro de um contexto da insustentabilidade do planeta e mudanças climáticas a questão da injustiça social à questão da deste modelo económico em que cria a diferença de poder e várias assimetrias assim é todo não é só uma questão de agricultura e criar soberania alimentar e empoderar as comunidades e regenerar o ambiente.
“Basicamente todas essas questões ambientais da insustentabilidade do planeta andam todas interrelacionadas a agricultura sintrópica é uma das soluções entre muitas outras de movimento das comunidades sustentáveis, dos movimentos em terra, movimentos sociais, movimentos ambientais que tentam realmente lutar contra este modelo económico só baseado no económico, extração de recursos naturais, exaustão dos recursos degradação ambiental tudo em prol do capital Então nesse contexto surgiram vários movimentos regenerativos que é como é que a gente consegue nutrir as pessoas com alimentos saudável empoderar devolver os meios de produção às pessoas e ao mesmo tempo criar esse espírito de comunidade que juntos o ser humano consegue realmente.” Atirou
“O nosso sonho é que depois todos adoptem este sistema, está floresta de alimentos vai viabilizar o ecossistema enquanto geram alimentos, geram plantas medicinais, geram lenhas, nós fizemos a primeira formação vieram seis ou sete países africanos neste momento existe uma rede já africana que estão a fazer o trabalho, no Brasil mas também em países europeus já agora está-se a difundir”. Terminou
Por seu turno a formadora Helena Maria frisa que percebe-se que hoje em dia o planeta atravessa uma condição complicada em termos ambientais.
“Em termos ambientais com as mudanças climáticas, a agricultura está se tornando uma atividade de risco cada vez mais nem porque as chuvas são estáveis, os fenómenos extremos cada vez mais frequentes e é desta que esperamos trazer uma possibilidade de desenvolver uma nova tecnologia aqui na região que não é conhecida que é a agrofloresta Sintrópica e desenvolver um sistema de agrofloresta Sintrópica que seja a cara da região, seja cara dessas pessoas, seja cara de Moçambique, que seja adequada para as necessidades do lugar que esta gente está, queremos melhorar as condições desta comunidade desenvolvendo, experimentando esse sistema pra fazer uma agricultura mais segura que possa produzir nesse futuro tão estável.”Revelou
À fonte foi mais além ao afirmar que essa formação não só abrange essa parte de Maputo assim como em outras do país. Existe um pouco de diferença nos solos entre Brasil e Moçambique mais vale recordar que o solo de Moçambique também é muito produtivo.
Horácia Armando em representação do IIAM revela que é uma iniciativa muito boa porque ajuda a comunidade na produção e isto sendo a agricultura Sintrópica muitos produtos são de qualidade.
“Conseguimos ter produtos agrícolas, quando tiramos os produtos agrícolas começam a sair os produtos florestais, as frutas, a madeira então temos muitos produtos de uma só vez. É importante para comunidade e também fazendo a cobertura do solo ajuda muito a proteger o solo e a conservar a humildade. Os agricultores moçambicanos não estão preparados uma vez que é preciso que a gente cultive a ideia porque é uma iniciativa nova e é importante que a gente cultive a ideia, mostre com factos que a agricultura Sintrópica é possível mas com a nossa experiência do dia dia eles vão acatar e conseguem ver alguma diferença”.
Em um outra intervenção Vasco Agostinho Presidente da associação dos agricultores de Bobele desta que espera ter benefícios desta formação e mostra-se expectante.
“Eu acho bom, estamos a aprender muita coisa.Espero que tenhamos o benefício desse trabalho que estamos a fazer e ser um trabalho que mesmo produz uma coisa que vai nos beneficiar. Antes fazíamos da nossa maneira, cada um fazia a coisa dele mas agora estamos a aprender alguma coisa a maneira de cultivar, a maneira de plantar, a maneira de fertilizar a terra para poder ter uma boa produção, esperamos muita coisa. Por enquanto acho essa maneira nova complicada porque é a primeira vez que fazemos esse tipo de agricultura mas acho que vai dar certo.” lançou
Antônio Francisco Agricultor mais de 15 anos disse em sua intervenção que essa formação é benéfica para adquirir experiência uma vez que à idade lhe foge.
“Como eu já sou velho, acho que nós estamos a fazer o futuro para os nossos netos, ele pode vir aprender. Antigamente aqui só havia essas plantas de ráfia mas agora nós estamos a desenvolver o lugar, não esperar o ráfia apenas, por muitas mudas aqui pra quem vem pra ver esse nosso unidade, Ver que a comunidade que está em bobole é uma associação que encontra mudas, ráfia entre outros.”
De realçar que diz-se de modelo de cultivo agroflorestal que procura associar o estabelecimento de áreas altamente produtivas com o reforço da qualidade do solo e das condições de sustentabilidade do ecossistema, por meio da adubação primordialmente orgânica, da disposição associada de espécies diferentes.
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